segunda-feira, 25 de maio de 2009

RESPOSTA A UM OUTRO COMENTÁRIO **

Vendo o segundo Comentário feito por um Anónimo ao post PSICANÁLISE, posso dizer que este blog se destina essencialmente a falar de PSICOLOGIA, sendo tudo o resto acessório. Não se destina a falar em legislação ou em desvendar a veracidade dos factos. No caso específico do post, interessou-me mais fazer a distinção entre a técnica terapêutica da Psicanálise e a de Imaginação Orientada que até pode funcionar como profiláctica e ser «manipulada», em grande parte, pelo próprio.
Isto quer dizer que os factos mencionados, embora verdadeiros, não têm interesse relevante. Interessa saber o modo e a razão porque surgiram «na cabeça» da pessoa e em que momento, bem como a maneira como a «fazem funcionar». O mais importante é o modo como as pessoas sentem e reagem a certos acontecimentos, a possibilidade de alguns «traumatismos» poderem desorientar a vida do indivíduo, assim como a profilaxia ou psicoterapia que se pode fazer em relação aos mesmos. Foi neste contexto que esses factos foram mencionados, não muito abertamente, mas podem ser perfeitamente explicados oralmente se alguém tiver interesse nisso, de acordo com as minhas possibilidades.


A atribuição que faço em relação ao comentador anónimo é a de se tratar de uma pessoa bastante versada em assuntos militares.
Por enquanto, a um anónimo, e muito particularmente num blog, posso apenas dizer que, pedindo exoneração do meu cargo de Conservador interino da Biblioteca Nacional de Goa, em Nov. de 1957, entrei imediatamente para a Força Aérea, como voluntário, para o curso de pilotagem, aos 23 anos, com a possibilidade de, ao fim de 4 anos, poder ingressar nos TAIP.
Chumbei no curso de pilotagem de P1/58 (não interessa saber porquê) e ingressei no NAV 1/58 (navegadores) que terminei em 3º lugar num grupo de 10.
No Verão de 1960, pouco antes de terminar os 4 anos de serviço militar, apesar de não ter querido ir a Águeda para ser Oficial do Quadro Permanente, tive de resolver o dilema entre ser nomeado para Angola por vontade do futuro Comandante da Base, ou oferecer-me como voluntário para Angola e entrar imediatamente no Quadro Permanente de Pilotos-Navegadores. Optei pela segunda hipótese, mas entrei para o Quadro bastante mais tarde.

Fiquei cerca de 4 anos em tenente e, quando fui tirar o curso de promoção a capitão, realizado em três grupos, tive como colegas de curso dois Generais, actualmente na reserva ou reforma, um deles ex-CEMFA e outro, com «direito à indignação», ex-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.
Quando estive na Base dos Açores, como Oficial do Quadro Permanente, tinha 2 anos de Angola, mais 2 anos do Montijo e quase 4 anos dos Açores. Não seria possível optar por outra situação ao fim de 8 anos de serviço no Quadro Permanente? Entretanto, no meu tempo, houve muitas coisas que «aconteceram pontualmente», talvez por «conveniência de serviço», e que não interessa aqui mencionar porque não são do âmbito da Psicologia.
Houve pessoal do Quadro Permanente que ficasse em comissão de serviço em diversos Organismos estatais ou particulares, quem conseguisse passar para o Quadro do Complemento e ir trabalhar fora da Força Aérea, quem tivesse autorização para se matricular na Faculdade e quem conseguisse autorização para acumular outro serviço além do da Força Aérea (o que consegui apenas nos dois últimos anos quando estava em tratamento psiquiátrico).

Contudo, mais uma vez friso que no blog interessam mais as percepções das pessoas, o modo como elas as encaram, as atribuições que são obrigadas a fazer e a possibilidade que existe em se efectuar uma profilaxia para que as mesmas não funcionem como traumatismos no sentido negativo.
A recordação do conhecimento do simples facto de que um oficial superior navegador tinha no seu currículo uma licenciatura em História tirada durante a sua permanência na Força Aérea, fez-me lembrar que três vezes me tinha sido negada autorização para continuar o curso de Direito no qual me matriculara em 1958. Depois, foi o resto do rol das recordações (subjectivas).

Como outro exemplo, posso dizer que a palavra «camarada», embora a aceite com toda a naturalidade, provoca-me uma certa repulsa porque além de vários acontecimentos anteriores, até o meu estágio profissional de Psicologia foi supervisado por «camarada» que mais tarde me «boicotou», em conjunto com outro «camarada», a minha  investigação em neuropsicologia, depois de um ano de trabalho árduo.

Contudo, embora eu não pertença a qualquer «confraria» damo-nos todos, aparentemente, muito bem.

Se quisesse ir para TAP tê-lo-ia feito depois de passar à reserva, pela Junta de Saúde de 22 de Abril de 1974. Mas, nessa ocasião, estava muito mais empenhado em tirar um curso superior (sem qualquer autorização, por ser particular) cuja possibilidade me tinha sido negada durante a permanência de quase 17 anos na Força Aérea.

Agora, interessa-me mais a Psicologia e, especialmente, a Psicoterapia em que estou a orientar a utilização da Biblioterapia
Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem
enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.

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Ver também os posts anteriores sobre BIBLIOTERAPIA
É aconselhável consultar o ÍNDICE REMISSIVO de cada livro editado em post individual.

Blogs relacionados:
TERAPIA ATRAVÉS DE LIVROS para a Biblioterapia

Para tirar o máximo proveito deste blog, consulte primeiro o post inicial “História do nosso Blog, sempre actualizada”, de Novembro de 2009 e escolha o assunto que mais lhe interessa. Depois, leia o post escolhido com todos os comentários que são feitos. Pode ser que descubra também algum assunto acerca do qual nunca tivesse pensado.


Para saber mais sobre este blog, clique aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gostamos de consultar, de vez em quando, o seu blog indicado por uma sua aluna actual.
Dá para pensar, meditar e programar melhor o futuro.

Frederica disse...

Por indicação alguns dos seus alunos do ISMAT e de outras pessoas conhecidas li este post e o anterior porque há mais de dois anos estou a ser medicada para a minha depressão.
Sou enfermeira, a viver com uma pessoa que ganha pouco e preocupa-se consigo próprio. Por isso, não quero ter filhos.
Estou a trabalhar num hospital cujos doentes me deixam completamente desorientada. Sinto-me em baixo e, de vez em quando, completamente eufórica, principalmente quando tomo diversos cafés «para levantar o ânimo».
Embora tenha só 35 anos, estou a sentir-me completamente velha. O ordenado e especialmente o tempo não dão para fazer uma psicanálise, nem sequer apenas uma psicoterapia de que devo estar a necessitar e que, só agora, o meu novo psiquiatra me recomendou. Às vezes tenho de fazer trabalhos extra para aguentar as despesas cada vez maiores.
Contudo, arranjo tempo para consultar blogs e ler livros.
Haverá alguma coisa que possa fazer para «me manter viva» e não ficar a sobreviver como está a acontecer agora?
Faço este comentário e não envio um e-mail porque os seus alunos também me disseram que preferia assim devido a ter mais facilidade em «manipular» apenas o blog. Também me disseram que tinha publicado já bastantes livros e que alguns deles me poderiam emprestar se os conseguissem «requisitar» para os estudos deles, especialmente agora que vão entrar em férias.
Não me vou identificar porque seria muito mau para a minha «reputação profissional» que ainda se mantém acima do «normal», mas pode chamar-me Frederica.
Estou a sentir-me cada vez mais aflita e sem esperanças embora tente sempre manter um sorriso.

Anónimo disse...

Li por acaso este poste mas estou a consultar apenas o blogue .
Porque é que não transfere este poste para o novo blogue que está a manter depois deste?
O poste da PSINANÁLISE também seria interessante para acrescentar ao seu perfil.